Em um ambiente laboratorial, o meio mais comum de ingestão de substâncias tóxicas é por inalação. A penetração pela via respiratória pode ocorrer quando há exposição não só a gases tóxicos, como também ao pó de elementos espalhado na atmosfera do laboratório ou vapores liberados por substâncias líquidas.
Os danos à saúde causados pela inalação variam de substância para substância e dependem, ainda, da quantidade a qual o organismo é exposto. Geralmente, a ação tóxica destes compostos resulta em um processo inflamatório dos tecidos com os quais entraram em contato, que costumam ser a pele, olhos e trato respiratório.
As substâncias que apresentam riscos quando inaladas são classificadas em: irritantes primários, geralmente ácidos que provocam uma irritação local apenas; irritantes secundários, que, além da irritação primária, podem causar uma reação geral, sistêmica; asfixiantes, que levam o organismo a deficiência ou privação de oxigênio; e os anestésicos, capazes de provocar danos ao sistema nervoso central, oferecendo risco de parada respiratória e morte.
Para evitar a contaminação, as máscaras integram a lista de EPIs – equipamentos de proteção individual – essenciais em atividades laboratoriais. Dependendo da substância e da proteção que se deseja obter, as máscaras podem ser de filtro mecânico, filtro químico ou filtro combinado. O tipo de filtro e sua utilização são indicados por um sistema de letras. Confira a tabela:
Também é fundamental que os laboratórios estejam equipados com capelas e exaustores, que garantem uma atmosfera saudável no ambiente. O preparo de soluções, assim como a abertura de amostras, deve ser feito sempre dentro das capelas. Essas estruturas, geralmente de fibra de vidro, possuem ventoinhas e dutos de exaustão para eliminar vapores. Além disso, apresentam propriedades de isolamento térmico e elétrico.